Piratini/RS – Piratinin (1.789)

A idéia desta viagem foi de aproveitar um feriado prolongado, e claro procurar emoções naturais e que me remetessem mais uma vez ao passado.










E o destino foi a nossa “Costa Doce”, uma das mais belas regiões do Rio Grande do Sul, constituída por um complexo lagunar que inclui o Lago Guaíba (posts anteriores), o Rio Camaquã, o Canal São Gonçalo e as Lagoas dos Patos, Mirim e Mangueira, foi cenário do principal acontecimento político-militar do Rio Grande do Sul, no século XIX, a Revolução Farroupilha (1835-1845). Prédios e sítios em Guaíba, Camaquã, São Lourenço, Cristal, Piratini, Pelotas, Rio Grande e José do Norte são testemunhas da riqueza gerada pela indústria do charque, motivo básico do conflito, e de episódios dos combates entre farroupilhas e os soldados do Império do Brasil.

Piratini – Piratinin (1.789)

Sempre tive curiosidade de conhecer a capital do Rio Grande do Sul durante a Revolução Farroupilha.


A primeira capital do RS iniciou seu povoamento em 1789 com a chegada dos casais oriundos do arquipélago dos Açores. Cada um dos açorianos recebeu um lote de terras em nome de sua majestade por ordem de Dom Luiz de Vasconcelos e Silva, vice-rei do Brasil.


E é lá que você encontra o Centro Histórico com suas velhas ruas e casario, na maioria preservadas ao estilo da época, constituem testemunho vivo do Período Farroupilha, glória e tradição do povo do sul.
Distante de Porto Alegre (339 km) Piratini faz limites com Canguçu, Encruzilhada do Sul, Santana da Boa Vista, Pinheiro Machado, Herval, Pedro Osório e Cerrito.
Sem dúvidas que Piratini é uma cidade identificada como a própria "alma" do Rio Grande. Por todo o estado está sempre presente, inclusive na sede do Governo Estadual, o "Palácio Piratini".

Hotel Paris em Rio Grande/RS

Digamos que não sou um fanático por hotéis. Gosto é de viajar e conhecer lugares novos. Quem sabe daqui uns anos, com um pouco mais de idade eu começo a valorizar os atrativos e as estrelas dos hotéis.

                        
   
Mas como a idéia da viagem acima (post anterior) era de voltar ao passado, não tive dúvidas. Na cidade de Rio Grande dormirei no Hotel Paris!

      Isso mesmo, Hotel Paris. O prédio é de 1826!                           

Fica no centro histórico da cidade. Além de baratíssimo (R$ 80,00) é um luxo total, quer dizer, um luxo para sua época, mas convenhamos muito charmoso e com muito estilo.

Andei garimpando algumas informações sobre o Hotel e descobri que o prédio em 1826 funcionava como casa de armador de navios, e logo depois recebeu o nome de Hotel Internacional, quando recebeu como hóspede D. Pedro II.

Para quem tiver imaginação fértil e coragem, tenho certeza que quando hospedado terá a sensação de estar numa recepção da Corte Real no tempo do Império.

Comer ostras em Florianópolis/SC

Fiquei pensando qual melhor assunto poderia abordar sobre Florianópolis. A “Ilha da Magia” é também conhecida como capital nacional da Ostra!
Com este slogan resolvi encarar alguns roteiros e é sobre eles que quero postar e falar um pouco.

A Ilha de Santa Catarina, um magnífico pedaço de terra com 58 km de extensão e mais ou menos uns 18 km de largura abriga muita história e ótima gastronomia.

Imaginem que além de ter 42 praias ainda é considerada a capital brasileira com melhor qualidade de vida. Mas tenho que confessar que praia não é meu forte, fujo do sol e mesmo assim sempre saio queimado com aspecto de um “camarão cozido no bafo”. Prefiro alguns roteiros mais “açorianos” e isso é o que não falta em “Flopis”.

Foi num feriadão que aproveitei para conhecer as tão famosas ostras de altíssima qualidade produzidas nas 130 fazendas marinhas localizadas no Distrito de Ribeirão da Ilha, no bairro de Santo Antônio de Lisboa e Sambaqui. O mar da “Capital Nacional da Ostra” apresenta as condições ideais para o desenvolvimento perfeito do crustáceo.

O Ribeirão da Ilha é um dos povoados mais antigos e típicos de Florianópolis, que mantém o mais antigo e fiel valor histórico arquitetônico açoriano de Florianópolis. O nome foi dado ao local devido a um rio, o qual nasce nas águas de uma forte cachoeira no Alto Ribeirão. É composto por diversas praias pequenas banhadas pela baía sul - com aguás calmas e areia grossa. Atualmente, o Ribeirão da Ilha é conhecido pela maricultura e por oferecer ótimos restaurantes de comida típica, como o “Ostradamus” e "Umas e Ostras".


 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A Igreja Nossa Senhora da Lapa foi construída entre 1763 e 1806 construída pelos senhores e seus escravos, com pedra, cal e azeite de baleia.
Mudando a direção e tão bonito quanto Ribeirão da Ilha está Santo Antônio de Lisboa. É um pequeno agrupamento de casas coloniais em volta de uma praça pequeninha na beira do estreito. Talvez por ser muito tranquilo, o mar ali é pouco convidativo para o banho, já as ostras são o que há de melhor. Lá estão as ostras mais baratas, uma dúzia custa crua com um limãozinho custa R$ 8,00, mas as ostras gratinadas com queijo têm um gosto muito melhor do que a aparência.

Segundo o site: http://www.stoantoniodelisboa.com.br/  “A Freguesia de Santo Antônio de Lisboa nasceu com o nome de Nossa Senhora das Necessidades de Praia Comprida e hoje incorpora, além de Santo Antônio, Cacupé, Sambaqui e Barra de Sambaqui.
Santo Antônio de Lisboa localiza-se a noroeste da Ilha de Santa Catarina, município de Florianópolis. Ocupado inicialmente pelos índios Guaranis, a partir da virada do século XVII para o XVIII foi recebendo imigrantes açorianos.
Por volta da metade do século XVIII foi construída a igreja de Nossa Senhora das Necessidades, em terreno doado pela família Manso de Avelar. Ainda existem na região construções típicas deste período.
Em função de sua localização geográfica, Santo Antônio torna-se porto e posto de alfândega onde se dá o comércio com os viajantes e navios estrangeiros.
No século XIX, Santa Catarina recebeu portugueses do continente, espanhóis, franceses, italianos, alemães, belgas, austríacos, gregos e sírios; 20% da população é de descendentes de africanos livres que ao norte de Sambaqui se estabeleceram na Praia do Quilombo.
Todas as Ilhas dos Açores contribuíram com imigrantes (cerca de 75%) que lá viviam de agricultura e pecuária e aqui passam a viver também da pesca.
Dos açorianos herdou-se o linguajar e sotaque peculiar, a cerâmica, a renda de bilro, o forte sentimento de religiosidade, a literatura, além de festas e tradições culturais.
Hoje Santo Antônio de Lisboa é um dos 10 distritos que compõem Florianópolis, com uma extensão de 22,45 km² e tendo atualmente uma população residente e flutuante em torno de 8.000 pessoas. O patrimônio existente são os casarios antigos, a Igreja de Nossa Senhora das Necessidades, o Engenho Andrade, o antigo Posto da Alfândega, a 1ª rua calçada do estado de Santa Catarina e a fachada da casa onde se hospedou D. Pedro II na Praça Roldão da Rocha Pires.”













E claro, se você ainda tiver disposição de andar/caminhar vá até Sambaqui. É outro tradicional vilarejo de pescadores que abriga, além de nativos, usuários temporários, turistas e veranistas que procuram um lugar calmo e tranquilo para se estabelecer. Também com raízes açorianas, o visual é um dos maiores atributos de Sambaqui. Além da paisagem típica do século XIX, apresenta vista panorâmica da Baía Norte e do Continente. É justamente por causa dessa vista que foram instalados vários bares nos últimos anos.






















Mas se você estiver voltando para casa, com algumas dúzias de ostras minha receita é a seguinte: 2 dúzias de ostras, 1 cebola média picada, 2 colheres sopa de manteiga, 100 ml de vinho branco seco, 450 g de creme de leite, Queijo parmesão ralado, e pimenta do reino a gosto - Afervente as ostras até que as cascas abram, refogue a cebola na manteiga e, quando dourar, junte o vinho, deixando-o evaporar, acrescente o creme de leite e a água, mexendo sempre, até deixar o creme liso, finalize com a pimenta, Coloque uma colher deste creme em cada ostra e salpique com (muito) queijo parmesão e finalmente leve ao forno para gratinar. (nada melhor que tomar um vinho branco gelado para acompanhar).

Como esqueci de fotografar a apresentação das ostras em casa :( -  deixo aqui algumas fotos que fiz lá mesmo...